Vamos desconstruir a imagem da família "completa"?

Faz bem pouco tempo que eu ainda buscava, intimamente, ver todos os meus rostinhos favoritos em volta da mesa, ou juntos numa viagem. Se não estivessem todos ao mesmo tempo era pra mim um sinal de fracasso, ou de que algo faltava.

E quando estavam todos, eu pensava: “Quando estamos os sete, tudo está perfeito!”

Gente, isso NÃO É VERDADE.

Temos tido, cada vez mais, momentos maravilhosos em outras combinações não óbvias, onde, com menos gente, e novas conexões, muitas lindezas emergem.

Prefiro hoje, mil vezes, separar a turma.

É muito mais certeiro, muito mais profundo.

Os sete juntos - aquela ideia plástica e nada prática - não é o melhor jantar, não é o melhor papo, e nem a melhor viagem.

Vivemos juntos, sim, mas sempre estamos criando situações onde afinidades se unem para compartilhar tempo juntos, de qualidade, sem sofrimento.

Merecemos fluir, fora da ideia do “ideal”. Aliás, ideal pra quem?

A ideia do “conjunto completo” é OVERRATED.